Semana do Meio Ambiente 01/06 à 05/06
CHAMADA URGENTE
Estamos comemorando a Semana do Meio de Ambiente com preocupações futuras.
A finitude dos recursos naturais é evidente, e agravada pelo modo de produção regente, que destroí e polui o meio ambiente.
Com o passar dos tempos, estamos testemunhando os próprios limites ambientais.
Atualmente, um dos maiores vilão ambiental é o consumo.
Dados recentes fornecidos pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) mostraram que o mundo está consumindo 40% além da capacidade de reposição da biosfera (energia, alimentos, recursos naturais) e o deficit é aumentado 2,5% ao ano.
Relatórios da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que 85% de produção e do consumo no mundo estão localizados nos países industrializados que tem apenas 19% da população.
Os EUA têm 5% da população mundial e consumem 40% dos recursos disponíveis.
Se os 6 bilhões de pessoas usufruíssem o mesmo padrão de vida dos 270 milhões de americanos, seriam necessários seis planetas.
A consequência do consumo desenfreado é, principalmente, o fim dos recursos naturais. Para suprir a demanda por produtos, é preciso produzir mais produtos. E isso significa consumir mais energia, mais combustível, mais madeira, mais minerios e mais materiais provenientes da natureza.
Por sua vez, essa prática gera mais poluição industrial e mais lixo. Quem primeiro sofre com isso é o meio ambiente.O homem também sente o resultados através dessa prática através de crises de energia, aumento de preço de certos materiais que já começaram a escassear, na saturação de lixões e aterros sanitários, na poluição e seus efeitos sobre a saúde humana.
Mas não é só. O consumismo agrava a pobreza.
O planeta esta chegando num ponto cada vez mais crítico observando-se que não pode ser mantida a lógica prevalecente do aumento constante do consumo. Já se verificam seus impactos no plano ecológico global.
A exploração crescente dos recursos naturais coloca em risco as condições físicas de vida na Terra, na medida em que a economia capitalista exige um nível e tipo de produção e consumo que são ambientalmente insustentável.
A sociedade atual está muito baseada nos valores das coisas e não nos valores das pessoas. Quem vai mudar isso é cada um de nós, quando passarmos a nos valorizar pelo que cada um de nós é, e não pelo que possuimos, e usuarmos a mesma medida para qualificarmos as outras pessoas.
Não é preciso ter o tênis da moda, e sim aquele que for confortável no pé.
Podemos passar do estado de “amar as coisas e usar as pessoas” para “amar as pessoas e usar as coisas”.
(Texto adaptado do livro Martha Reis – Química e Meio Ambiente)